A Volta da Doutrina Monroe: Riscos e Implicações do Plano de Segurança de Trump para a América Latina
12/14/20252 min read


A Nova Estratégia de Segurança Nacional
No início de dezembro de 2025, a administração de Donald Trump revelou sua nova estratégia de segurança nacional (ESN), que destaca a América Latina como uma prioridade em suas políticas externas. Este movimento, que reorienta o foco dos Estados Unidos para o sul do continente, promete uma abordagem que, segundo a Casa Branca, visa assegurar a estabilidade regional e enfrentar o que consideram ameaças transfronteiriças. Contudo, essa mudança não está isenta de riscos.
Os Temores da Instabilidade Regional
Apesar das intenções declaradas por Washington, tanto especialistas em relações internacionais quanto autoridades brasileiras levantam preocupações sobre as potenciais consequências da doutrina. A história nos ensinou que intervenções externas, mesmo quando justificadas sob o pretexto da segurança, podem levar a uma escalada de conflitos e instabilidade. Os analistas temem que o novo plano de segurança possa reforçar a intervenção militar dos EUA na região, citando o histórico de ações semelhantes que frequentemente resultaram em consequências adversas.
Implicações para o Brasil
O Brasil, como um dos principais países da América Latina, não pode se dar ao luxo de ignorar a nova estratégia da administração Trump. As autoridades brasileiras expressam que o fortalecimento da presença norte-americana na região pode resultar em um desvio da autonomia política do Brasil e na subordinação de suas prioridades nacionais às diretrizes estabelecidas pela Casa Branca. A situação é ainda mais delicada considerando a rivalidade regional e as tensões políticas entre os países vizinhos, que podem ser exacerbadas por intervenções externas.
Ademais, as comunidades brasileiras que dependem de relações comerciais e diplomáticas com a América Latina e os Estados Unidos podem sentir os impactos diretos dessa reorientação. O medo de um aumento de conflitos pode desacelerar a cooperação econômica e levar a incertezas nas relações comerciais, essenciais para o desenvolvimento sustentado da nação. Portanto, enquanto a administração Trump busca garantir a segurança e a estabilidade regional, é crucial que o Brasil permaneça alerta e se posicione estrategicamente para proteger seus próprios interesses.